Senadora pelo Amazonas, Vanessa Grazziotin (PCdoB) criticou
duramente as condições carcerárias no Estado, que permitiram a chacina
de 56 presos na semana passada e rechaçou ainda as declarações de Michel
Temer, que classificou o episódio como um "acidente pavoroso";
"Subjetivamente é preciso superar a cultura da do massacre
contra pobres e da simplificação vulgar dessa selvageria, expressas nas
desastrosas declarações do governador Melo e do presidente Temer (PMDB),
bem como na escalada crescente de desumanização e intolerância da
sociedade, cuja síntese é a apologia de que 'bandido bom é bandido
morto'"
247 - Senadora pelo Amazonas, Vanessa Grazziotin
(PCdoB) criticou duramente as condições carcerárias no Estado, que
permitiram a chacina de 56 presos na semana passada. "A chacina ocorreu
por absoluto descaso do governo com o sistema prisional e é de sua
inteira responsabilidade, a qual não pode ser terceirizada ou
privatizada. Se há o controle das penitenciárias pelas facções
criminosas é porque há promiscuidade do governo e certa licenciosidade
do conjunto das autoridades, o que explica as "celas de luxo", festas,
entrada de armas, drogas e fugas."Em artigo na Folha de S.Paulo, Vanessa rechaçou ainda as declarações de Michel Temer, que classificou o episódio como um "acidente pavoroso".
"Subjetivamente é preciso superar a cultura da banalização do massacre contra pobres e da simplificação vulgar dessa selvageria, expressas nas desastrosas declarações do governador Melo e do presidente Temer (PMDB), bem como na escalada crescente de desumanização e intolerância da sociedade, cuja síntese é a apologia de que "bandido bom é bandido morto".
De fato, é difícil para as pessoas aceitarem que se gaste tanto dinheiro para manter um sistema prisional caótico quando há carência de recursos para tantas outras áreas.
A constatação de que esse problema persiste por tantos anos sem uma solução à vista explica o apoio popular a propostas equivocadas, como a redução da maioridade penal e até a pena de morte.
De fato, a situação é grave, explosiva e precisa ser enfrentada nas suas reais causas, e não com medidas paliativas."
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